domingo, junho 29, 2008

Produção

INTRODUÇÃO

Neste trabalho iremos falar sobre a produção, e dentro desta, sobre o ciclo de um produto e os sectores de produção, e sobre a Robótica, a Burótica e a Telemática.


O TRABALHO E A PRODUÇÃO

Ricos ou pobres, evoluídos ou não, todas as pessoas necessitam de algumas coisas e são satisfeitas apenas pelo consumo de bens e serviços.
Se o Homem sentir fome, ingere alimentos; se tiver frio, cobre-se; se estiver doente, vai ao médico… Tudo isto é obtido pelos bens e serviços que resultam de uma actividade feita pelo Homem – A Produção.
Esta produção de bens e serviços é uma actividade para a qual contribuem os seguintes elementos:

- Força de trabalho;
- Objectos de trabalho;
- Meios de trabalho.

Costuma-se dizer que o Homem é o detentor da força de trabalho, isto é, da capacidade que tem para o trabalho, o que lhe permite produzir os bens e serviços de que necessita.
Os objectos de trabalho são tudo aquilo sobre que recai o trabalho humano, como por exemplo, os minérios, o algodão, a terra e a água.
Os meios de trabalho são utilizados na transformação dos objectos de trabalho (matérias-primas), a fim de obter produtos utilizáveis. Neles, incluímos os edifícios, os canais de irrigação, os meios e vias de comunicação, os instrumentos de comunicação, entre outros.
Exemplos de instrumentos de trabalho, é a enxada, o tractor, o computador, etc, que o homem utiliza nas diversas etapas do processo produtivo. As forças produtivas (ou factores de produção) são constituídos pela combinação da força de trabalho com os meios de produção.

Ciclo de Produção

O ciclo de produção é o espaço de tempo que decorre entre o nascimento de um produto e o fim da sua vida útil.
É composto por cinco fases distintas pelas quais um produto passa desde o seu “nascimento” até à sua extinção do mercado.

1ª Fase – Introdução
2ª Fase – Crescimento
3ª Fase – Maturidade
4ª Fase – Saturação
5ª Fase – Declínio

A fase de Introdução corresponde à fase de lançamento do produto no mercado.
A fase de Crescimento corresponde ao crescimento da qualidade do produto e à pesquisa de novos segmentos de mercado.
A fase de Maturidade corresponde à fase em que o produto tem uma boa aceitação no mercado, no entanto, as vendas não apresentam um crescimento evidente.
A fase de Saturação corresponde à fase em que o produto atinge o máximo das suas vendas e o máximo da sua evolução.
Por fim, a fase de Declínio corresponde à fase em que o produto “passa de moda” e já não é aceite entre os consumidores.
Como exemplo, o caso das disquetes, que na sua fase de introdução eram a melhor ferramenta de gravação (eram o produto da moda), tiveram o seu crescimento, a sua evolução, a sua Maturidade em termos de produto, atingiram o máximo das suas vendas no momento em que se tornaram monetariamente acessíveis a todos os utilizadores (Saturação) e no entanto, com o aparecimentos das Pen’s e de novos instrumentos informáticos, entrarão em desuso, ou seja, na fase de declínio.

Sectores de Produção:

Há três sectores de produção:
- Primário – que inclui as actividades relacionadas com a extracção de produtos do mar, do solo ou do subsolo, como a pesca, a agricultura e a pecuária;
- Secundário – fazem parte as indústrias transformadoras, isto é, as que transformam as matérias oferecidas pelo sector primário em produtos utilizáveis.
- Terciário – é o dos serviços, englobando portanto os transportes, o comércio, os bancos, a saúde, a educação, entre outros.
É possível determinar o grau de desenvolvimento de um país, tendo como base a importância relativa de cada sector.
Conforme o valor económico de um país vai aumentando, o sector primário vai tornar-se cada vez menos importante, e o sector terciário vai ganhando maior peso.


SOCIEDADE E INFORMÁTICA
Robótica
Robótica é um ramo da tecnologia que engloba mecânica, electrónica, electricidade e computação, que actualmente trata de sistemas compostos por máquinas robôs.
A ideia de se construir um robô começou a tomar força no início do século XX com a necessidade de aumentar a produtividade e melhorar a qualidade dos produtos. É nesta época que o robô industrial encontrou as suas primeiras aplicações, e o seu “pai” foi George Devol.
De uma forma simplista, um robô é uma máquina que, capaz de acções independentes, realiza uma dada tarefa, sem ser continuamente supervisionado por um operador humano, em contraste com uma máquina comandada à distância que necessita de alguém para controlar o seu movimento.
O termo robótica foi criado pelo escritor de Ficção Científica Isaac Asimov, que nasceu em 2 de Janeiro de 1920, e faleceu a 6 de Abril de 1992. Tomado como provável que os robôs viessem a ter inteligência, Isaac Asimov formulou algumas leis que, segundo ele, regeriam os robôs no futuro:
Lei zero - um robô não pode ferir humanidade, ou por inacção, permitir que a humanidade venha a ser prejudicada
Lei Um - um robô não pode ferir um ser humano, ou, através de inacção, permitir que um ser humano “desligue” o robô, a menos que isso violasse uma ordem superior .Lei dois - um robô deve obedecer às ordens que lhe foram dadas pelos seres humanos, excepto quando essas ordens entrarem em conflito com uma ordem superior direito. Lei três - um robô deve proteger a sua própria existência, desde que tal protecção não seja incompatível com uma ordem superior direito
Um robô também tem a capacidade de simular os cincos sentidos de um humano. Actualmente, já conseguimos criar os cincos sentidos do corpo humano num robô, conseguindo assim grande eficiência e sofisticação nos diversos projectos e finalidades que podem ajudar o ser humano em tarefas perigosas.
A visão:
A utilização de micro-câmaras é perfeita para "recriar" a visão humana, conseguindo assim grande desempenho na identificação de pessoas, objectos, obstáculos, animais, e muitas outras situações para as quais a visão é necessária.
A Audição:
Os micro-microfones são bastante eficientes, com pequenos circuitos amplificadores podemos tornar o robô sensível a ruídos e até identificar e separar por categorias conseguindo assim que o robô tome medidas adequadas para cada situação.

O olfacto:
Detector de fumo e gás, existem centenas de dispositivos destes no mercado que podem ser adaptados ao robô com relativa facilidade, conseguimos assim criar um robô apto para serviços de detecção olfactiva
O paladar:
Detectores de químicos, permitem-nos detectar diferentes químicos e suas características, este tipo de circuito electrónico é complexo, requer conhecimento tanto na área como na electrónica, como da área que se pretende verificar.
O tacto:
Existem pequenos circuitos que ligados a partes metálicas do robô o torna sensível ao tacto, basta que se toque nele e o robô executa uma determinado função.

Telemática
Telemática é a comunicação a distância de um conjunto de serviços informáticos fornecidos através de uma rede de telecomunicações.
Telemática é o conjunto de tecnologias da informação e da comunicação resultante da junção entre os recursos das telecomunicações (telefonia, satélite, cabo, fibras ópticas etc.) e da informática (computadores, periféricos, softwares e sistemas de redes), que possibilitou o processamento, a compressão, o armazenamento e a comunicação de grandes quantidades de dados (nos formatos texto, imagem e som), em curto prazo de tempo, entre usuários localizados em qualquer ponto do Planeta
A telemática pode ser definida como a área do conhecimento humano que reúne um conjunto e o produto da adequada combinação das tecnologias associadas à eletrônica, informática e telecomunicações, aplicados aos sistemas de comunicação e sistemas embarcados e que se caracteriza pelo estudo das técnicas para geração, tratamento e transmissão da informação, na qual estão preservadas as características de ambas, porém apresentando novos produtos derivados destas.

Necessidade da Telemática
A telemática permite a criação de cursos via Internet, em que cada um dos intervenientes contribua nas matérias em que é perito, de modo a se obterem cursos de maior qualidade do que aqueles que são leccionados nas respectivas instituições.
Existe uma quebra no isolamento, dado que todos os parceiros, geograficamente próximos ou longínquos, estão à distância de um teclado e de um monitor, desde que haja um ponto de acesso a uma das várias redes de comunicação integrada na Internet. O uso da telemática facilita a percepção do mundo como uma realidade interdependente, em que diferentes pessoas partilham dos mesmos problemas e podem colaborar na procura de soluções.
Actualmente, os meios telemáticos existentes permitem que, mesmo à distância, se possa manter este tipo de contactos. Desta forma, no futuro os utilizadores irão necessitar de poder determinar quando e quanto tempo poderão dedicar à frequência de cursos por si próprios escolhidos, não estando sujeitos a horários rígidos. A utilização da telemática permite que o trabalho seja partilhado muito facilmente. Podemos utilizar todo o tipo de ferramentas disponibilizadas pela Internet, desde o correio electrónico, adequado para troca de mensagens de carácter particular, até à transferência de ficheiros, entre outras. Os textos e imagens em formato electrónico podem ser facilmente transferidos entre os utilizadores e a informação pode ficar disponível para que, mais tarde, outros utilizadores a possam consultar.

Burótica
A palavra “Burótica” provém da palavra bureau, que em francês significa escritório. Faz estudo de todas as componentes de um escritório electrónico.
Trata-se de conceber, adaptar e utilizar meios informáticos, devidamente articulados, em escritórios de instituições ou empresas. Actua no tratamento da informação com que essas instituições necessitam de trabalhar; para tal, podem necessitar de montar redes de computadores, instalar e articular o software necessário para a manipulação da informação em questão, utilizar modems, faxes ou modem-faxes para trocar informação com o exterior.
Compreende todos os equipamentos utilizados na recolha, memorização, tratamento, transporte e divulgação da informação e o seu emprego na gestão de empresas.
A burótica pode ser desenvolvida por qualquer tipo de empresa, independentemente da sua natureza, dimensão, ou sector de actividade. As suas principais aplicações são:
1. Tratamento de textos
2. Arquivo electrónico de documentos
3. Correio electrónico
4. Gestão de tempo/agenda


CONCLUSÃO


A produção é uma actividade que nos dá todos os bens e serviços que necessitamos.
Dentro dela, podemos falar sobre os Ciclos de Produção, que representa o estado de tempo entre o nascimento do produto e o fim da sua vida útil, e os Sectores De produção, que são o Primário, o Secundário e o Terciário.

Hoje em dia a nossa sociedade utiliza muito a informática. Há vários ramos de tecnologia que conhecemos, entre eles a telemática, a robótica e a burótica.





BIBLIOGRAFIA


Livros:
- Ideias e Projectos – 9º ano



Sites:

- http://www.estig.ipbeja.pt/~mcpp/Trabalho1gp.doc


- http://lsm.dei.uc.pt/ribie/docfiles/txt200352145435TELEM%C3%81TICA%20um%20novo%20canal.pdf


Trabalho feito por mim (Sara)

Guerra Colonial

Introdução


Neste trabalho, vamos falar sobre a guerra colonial, o período de confrontos entre as forças armadas portuguesas e as suas forças organizadas pelos movimentos de libertação das antigas províncias ultramarinas de Angola, Guiné-Bissau e Moçambique, entre 1961 e 1974.

Iremos também falar das condições em que estava o país antes da guerra e das consequências que trouxe para o nosso país. Para o efeito, iremos proceder à realização de uma entrevista com uma enfermeira que na altura viveu o drama da guerra colonial.























Guerra Colonial Portuguesa

A Guerra Colonial desenrolou-se nas colónias de Moçambique, Guiné e Angola, no período de 1961 a 1974. Estiveram em confronto as Forças Armadas Portuguesas e as forças organizadas pelos movimentos de libertação de cada uma daquelas colónias.
Os primeiros confrontos ocorreram em Angola, na zona a que se viria chamar Zona Sublevada do Norte, traduziram-se, a partir de 15 de Março de 1961, em bárbaros massacres de populações brancas e trabalhadores negros oriundos de outras regiões de Angola.
Nos três teatros de operações (Angola, Moçambique e Guiné os efectivos das forças portuguesas foram aumentando constantemente em relação ao aumento das frentes de combate, atingindo-se, no início da década de 70, o limite crítico da capacidade de mobilização de recursos.


Pela parte portuguesa, a guerra era sustentada pelo princípio político da defesa daquilo que era considerado território nacional, baseado no conceito de nação pluricontinental e multirracial.
Pela parte dos Movimentos de Libertação, a guerra justificava-se pelo inalienável princípio de autodeterminação e independência, num quadro internacional de apoio ao incentivo à sua luta.
O Estado Novo, primeiro com Salazar e depois com Marcelo Caetano, manteve com grande rigidez o essencial da política colonial, fechando todas as portas a uma solução credível para o problema de qualquer dos territórios.
O 25 de Abril de 1974, trouxe alterações à natureza do regime político português, os novos dirigentes de Portugal, aceitavam naturalmente os princípios da autodeterminação e independência, pelo que as fases de transição foram negociadas com os movimentos de libertação, traduzindo-se rapidamente no fim das acções militares envolvendo forças portuguesas.


1. Contexto Político – Social

Ao longo do século. XX, devido às guerras anteriores, como a 1ª e a 2ª Guerra Mundial, houve sempre colónias europeias que persistiam com movimentos de oposição e resistência à presença de potências coloniais, talvez devido ao sentimento nacionalista, como era o caso da Guiné, S. Tomé e Príncipe, Angola, Moçambique, entre outros. Era exposta uma luta pela liberdade, em torno do território colonial ainda dependente.
As grandes potências da II Guerra Mundial, como os Estados Unidos da América (EUA) e a União Soviética (URSS) potencializavam a formação de grupos de resistência nacionalista.
Dentro deste contexto, A Conferência de Bandug, em 1955, permitirá que as colónias se exprimam em voz alta, porque estavam a enfrentar os problemas de resistência nacionalista e a atribuir uma alternativa para o alinhamento no conflito bipolar, que confrontava as duas grandes potências.
Eram assim chamadas as reivindicações do chamado Terceiro Mundo, para manter o equilíbrio nas relações internacionais da Guerra-fria, e para canalizar os sentimentos autonomistas para o seu benefício.
A política de neutralidade portuguesa na II Guerra Mundial colocava as Forças Armadas Portuguesas afastadas de um propício confronto Leste-Oeste, mas a responsabilidade de manutenção da soberania sobre os vastos territórios ultramarinos, aumentava devido à perspectiva de regime, onde a pressão e a tensão de um pós-guerra proporcionava lutas para alcançar a independência nas colónias da Europa Imperial. Os mesmos dirigentes que afastaram Portugal da luta da libertação europeia, optaram por integrar o país na estrutura militar da NATO, para preparar o próprio regime para as ameaças vindas dos espaços coloniais.
Portugal, ao integrar-se na Aliança Atlântica, formou uma elite de militares que era indispensável para o planeamento e condução das operações durante a Guerra do Ultramar.
O regime do Estado Novo nunca reconheceu a existência de uma guerra, considerando apenas que os movimentos para alcançar a independência eram apenas movimentos terroristas e que os territórios não eram colónias, mas sim províncias e uma parte integrante de Portugal.
Durante longos anos, grande parte da população portuguesa, devido à censura à imprensa, viveu iludida da situação vivida em África, em que se pensava que não havia uma guerra mas só apenas alguns ataques de terroristas e de potências estrangeiras.



2. O embarque


A viagem para África começava muito antes do embarque. A ordem de mobilização originava a guia de marcha para a unidade mobilizadora. Aí se juntavam os militares vindos dos vários centros de instrução, os graduados e os comandantes. A companhia e o batalhão já tinham um número de código atribuído e, aos poucos, surgiam os especialistas diversos, os condutores, transmissões, enfermeiros e cozinheiros, de modo a que se preenchesse o quadro orgânico respectivo.
Enquanto se formava a unidade, realizavam-se os exercícios de instrução, com os conselhos sobre o que fazer em África para sobreviver, recebiam-se as vacinas, o camuflado e, por fim, a unidade estava pronta. Chegava a ordem de embarque e então o contingente formava em parada no quartel. Nos primeiros tempos, o capelão rezava uma missa campal; o comandante da unidade mobilizadora, um coronel, proferia umas palavras alusivas à missão e entregava o guião ao comandante do batalhão mobilizado, um tenente-coronel, ou então da companhia, um capitão; as tropas desfilavam ao som da música, era concedida a licença de dez dias antes de embarque e pagas as ajudas de custo.
Neste momento, o militar era um mobilizado, ia a casa, despedia-se da família, fazia umas asneiras por conta, arranjava umas correspondentes para lhe escreverem, ou umas madrinhas de guerra, e voltava à unidade mobilizadora para daí iniciar verdadeiramente a viagem.



3. A caminho do objectivo


Formavam-se de novo em parada no quartel, com as malas, e embarcavam nas viaturas militares para a estação de caminho de ferro mais próxima.
Na estação, quase sempre de noite, o contingente embarcava num comboio especial em direcção a Lisboa, ao Cais da Rocha ou ao de Alcântara. O navio que os iria levar estava atracado e as famílias apinhavam-se nas varandas da gare marítima com lenços a acenar, cartazes com o nome do militar, para chamar a atenção, e lágrimas da despedida. A tropa, vinda de vários pontos, desfilava de novo, agora em continência perante um alto representante militar, com as senhoras do Movimento Nacional Feminino e da Cruz Vermelha a distribuírem lembranças e mais folhetos sobre o território de destino. Chegava o momento do embarque. Subiam-se as escadas e arrumava-se a bagagem junto ao beliche armado nos porões, transformados em casernas. Depois, voltava-se ao convés, lutava-se por um lugar na amurada ou trepava-se aos mastros, para os últimos acenos.
Por volta do meio-dia, o navio recolhia as escadas e os cabos, a sirene apitava e, durante alguns anos, a instalação sonora tocava uma marcha intitulada ANGOLA É NOSSA independentemente do destino – um ritual abandonado nos anos mais próximos do fim da guerra. O navio afastava-se lentamente, virava a proa à foz do Tejo, passava por baixo da ponte e deslizava diante da Torre de Belém. A fome já apertava e eram dadas instruções para a primeira refeição a bordo.



4. Incentivos/Propaganda

A acção psicológica destina-se a influenciar as atitudes e o comportamento dos indivíduos. Na guerra subversiva é utilizada para obter o apoio da população, desmoralizar e captar o inimigo e fortalecer o moral das próprias forças, assumindo três aspectos diferentes, embora intimamente relacionados: acção psicológica, acção social, acção de presença. Quer as forças portuguesas, quer os movimentos de libertação, usaram intensamente a acção psicológica como arma, integrando-a na panóplia de meios disponíveis para a conquista dos seus objectivos, dentro da ideia que "as palavras são os canhões do séc. XX " e que, como se ensinava aos futuros chefes da guerrilha na escola de estado-maior da China, na guerra revolucionária "deve atacar-se com 70 por cento de propaganda e 30 por cento de esforço militar".
A acção psicológica exercida sobre a população, o inimigo e as próprias forças foram conduzidas através da propaganda, da contra propaganda e da informação, de acordo com as finalidades de cada uma destas áreas: a primeira, pretendendo impor à opinião pública certas ideias e doutrinas; a segunda, tendo como finalidade neutralizar a propaganda adversa; por último, a informação, fornecendo bases para alicerçar opiniões. Mas, para serem eficazes, os meios de condicionamento psicológico necessitam de encontrar ambiente favorável. Quanto às populações, procurou-se criar esse ambiente propício com a acção social, que visava a elevação do seu nível de vida, para as cativar, originando condições mais receptivas à acção psicológica. Esta acção foi desenvolvida sob a forma de assistência sanitária, religiosa, educativa e económica.
Relativamente ao adversário, a acção psicológica das forças portuguesas era isolar os guerrilheiros das populações, desmoralizá-los e conduzi-los ao descrédito quer na acção, quer na dos seus chefes. Para o efeito utilizaram-se panfletos e cartazes lançados de aviões ou colocados nos trilhos de acesso e nas povoações, emissões de rádio, propaganda sonora directamente a partir de meios aéreos, apelando à sua rendição e entrega às forças militares ou administrativas, garantindo-lhes e explicando-lhes que a participação na guerrilha constituía um logro.
Como toda a acção tem o seu reverso, os movimentos de libertação apelavam aos ideais de paz e justiça, dirigindo a sua acção a grupos-alvo seleccionados: trabalhadores, estudantes, intelectuais, militar, mulheres..., apresentando como ideias-chave a guerra injusta, o direito de independência e autodeterminação, o atraso económico provocado pelas despesas da guerra e os sacrifícios exigidos à juventude e suas famílias.
De forma geral, a oposição política ao regime completou a actividade dos movimentos de libertação através de acções de mentalização e propaganda, algumas espectaculares, como as que foram dirigidas contra instalações militares pela Acção Revolucionária Armada e as Brigadas Revolucionárias.
Para responder a esta actividade adversária, que pretendia "minar o aparelho militar por dentro e retirar-lhe a vontade de combater" as Forças Armadas exerceram também esforço de acção psicológica sobre os seus elementos, cuja a finalidade era manter e fortalecer a moral dos combatentes. Procuravam conseguir esse fortalecimento transmitindo a crença na justiça da causa que se defendia e a fé na vitória.

5. Igreja Católica

A igreja católica teve um papel decisivo na ascensão e queda do colonialismo português durante o Estado Novo (1926-1974). Este regime – produto da aliança entre a administração pública, as Forças Armadas e a Igreja Católica - era um Estado de ordens moderno, assente no monopólio da soberania daquelas três instituições.
O Estado Novo tinha, desde o seu início, a defesa das colónias como um dos objectivos. Os inimigos eram, então, as outras potências coloniais, em particular a Alemanha e a Itália, vencidas na II ª Guerra Mundial e às quais eram geralmente atribuídas ambições africanas. Também neste campo foi decisivo o papel da igreja na aliança. O seu símbolo era o acordo Missionário entre Portugal e a Santa Sé, assinado no mesmo dia da Concordata, em 7 de Maio de 1940, e que vigorou enquanto se manteve a soberania portuguesa em África. O acordo concedia ao Governo o direito de vetar as nomeações de bispos residenciais, subordinava todos os missionários àqueles prelados, entregava todo o ensino elementar dos indígenas à Igreja Católica e obrigava o Estado a financiar as missões em montantes superiores às verbas, aliás avultadas, que a 1ª República afectara à Igreja em África.
O apoio do Estado à Igreja vinha, pois, do tempo do anticlericais e o seu fundamento era laico: a Igreja civilizada, por isso o Estado dava-lhe dinheiro e reconhecia-lhe autoridade. A igreja, de acordo com as concepções da época, aceitava de bom agrado este papel: para evangelizar era necessário civilizar e civilizar significava aportuguesar.
A maior parte do financiamento do Estado às missões católicas ia para as escolas. O colonialismo português necessitava delas devido à presença das missões protestantes, quase exclusivamente estrangeiras. A igreja dependia dos dinheiros do Estado, foi isso que os católicos portugueses, mais poupados do que os Alemães e Italianos ou Franceses, nunca pagaram o esforço missionário, e para obter verbas orçamentais não hesitou em manipular o argumento de que os protestantes desnacionalizavam os nativos. O começo das independências, após a 2ª Guerra Mundial, não impediu a Igreja Católica em Portugal de continuar a apoiar a presença portuguesa em África. O episcopado deixou claro, desde início da guerra, que não aceitaria qualquer contestação católica à política africana do governo. Embora com a perca de Goa, a igreja apelava e incentivava à continuação do emprego e defesa dos valores nacionais ajudando assim ao fortalecimento e á preservação dos mesmos.
Aspecto de Missa Campal
O problema africano dividiu profundamente a consciência católica portuguesa, a divisão que ocorreu tanto na metrópole como nas províncias ultramarinas, para usarmos a terminologia do Estado Novo.



6. Aspectos Militares: Viver em Combate

Nos anos de 60, os Portugueses tinham de África e da guerra um conhecimento povoado de mitos e fantasias construídos sobre a vida da selva e o contacto com populações estranhas. Em época de informação controladas pela censura e propaganda, e condicionada pela relativa pobreza dos métodos e processos de a difundir, transformar rapidamente jovens europeus, camponeses e citadinos, em soldados capazes de viver e combater nos teatros africanos exigia o recurso a todos os meios, incluindo a arte e o humor.
As Forças Armadas, especialmente o exército, por ser o ramo que mais efectivo mobilizou, deitaram mão a esses recursos como complemento da preparação dos seus soldados para a realidade que iriam encontrar e a melhor forma de enfrentar situações em que poderiam ver-se envolvidos.
Aproveitando a arte e o engenho de alguns militares em campo de guerra, eis alguns que salientamos, o oficial de cavalaria Vicente da Silva e José Rui, entre outros que mais tarde obtiveram sucesso como desenhadores de cartoons, o Jornal do Exército publicou, nos primeiros anos de guerra, uma série de “
Conselhos aos Soldados no Ultramar “ que, embora enquadrados nas actividades de acção psicológica, revelavam apurado sentido de humor e de crítica. Também as páginas humorísticas relativas às missões dos corpos de tropas e às situações vividas nas várias fases da comissão contribuíam para integrar os jovens soldados nas realidades que viviam ou iriam viver.


7. Conflito Armado

Em Fevereiro – Março de 1961 eclodiram, em Luanda e no norte de Angola, violentos levantamentos anti colonialistas. De então em diante, Angola tornou-se palco de uma luta de guerrilha contra a presença portuguesa. Essa luta era liderada e dividida em três grupos que reflectem diferenças étnicas e ideológicas:

O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), multirracial e marxista pró URSS, com predomínio da etnia quimbundo dirigido por Agostinho Neto.
A Frente Nacional para a Libertação de Angola (FNLA), mas antes era UPA (União dos Povos Angolanos), anti – comunista, sustentada pelos E.U.A e pelo ex. – Zaire, dirigida por Holden Roberto.
E a União Nacional para a Independência total de Angola (UNITA), inicialmente de orientação maoísta, mas que depois torna-se anti – comunista e recebe o apoio da Africa do Sul, dirigida por Jonas Savimbi.

Os movimentos de libertação justificavam-se com base no princípio inalienável de auto determinação e independência, num quadro internacional de incentivo e apoio à luta.
A 4 de Fevereiro de 1961, o MPLA reivindicou o ataque à cadeia de Luanda, onde foram mortos sete polícias. A 15 de Março de 1961, a UPA, num ataque tribal deu origem a um massacre de populações brancas e trabalhadores negros naturais de outras regiões de Angola, realizada por pequenos grupos armados, com catanas e algumas espingardas. Mais tarde, em 1974, a rivalidade entre os três movimentos de libertação transforma-se em confronto armado.

Em Janeiro de 1963, foi a vez da luta anti – colonialista de se alargar à Guiné – Bissau, cujo movimento de libertação, o PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo – Verde), dirigido por Amílcar Cabral, que reunia guineenses e cabo-verdianos.
Sob forma de guerrilha com um ataque ao quartel de Tite, este movimento rapidamente se estendeu a quase todos os territórios, crescendo continuamente de intensidade e, exigindo um empenho proporcional por parte dos portugueses.
O PAIGC foi único, de entre os movimentos de libertação em luta contra Portugal, que conseguiu efectivamente libertar uma parte do território.
Por sua vez, em Moçambique, as lutas de libertação iniciadas em 1964, foram encabeçadas pela FRELIMO (frente de libertação de Moçambique). Este movimento teve como primeiro dirigente Eduardo Mandlane, Que viria a ser assassinado pela PIDE, sendo substituído por Samora Machel.

Nos dias
24 e 25 de Setembro de 1964, num ataque a Chai, na província de Cabo Delgado, estendendo-se posteriormente ao Niassa, Tete e para o centro do território. Porém, um relatório do Batalhão de Caçadores 558 refere acções violentas a 21 de Agosto de 1964, na região de Cabo Delgado, como indica o relatório do Batalhão de Caçadores 558. O mesmo relatório refere que, três dias depois, um padre da Missão de Nangololo tinha sido ferido mortalmente. Estas acções foram atribuídas a grupos de guerrilheiros MANU e da UDENAMO.
A
16 de Novembro do mesmo ano, as tropas portuguesas sofriam as primeiras baixas no Norte de Moçambique, região de Xilama. A organização e armamento dos guerrilheiros evoluíam rapidamente. Também o acidentado terreno, a baixa densidade das forças portuguesas e a fraca presença de colonos facilitaram a acção da Frelimo, que alargava a sua acção para Sul, na direcção de Meponda e Mandimba, mostrando intenção de ligar-se a Tete, atravessando o Malawi, que apoiou, nos primeiros anos, o trânsito e refúgio de guerrilheiros.
Até
1967, a FRELIMO mostrou-se menos interessada pela região de Tete, exercendo o seu esforço nos dois distritos do Norte, onde a utilização de minas terrestres se destacou de forma particular. No Niassa, a intenção da FRELIMO era simultaneamente criar uma zona livre, e uma zona de passagem para Sul, em direcção à Zambézia
Já em Abril de
1970, a actividade militar da Frelimo aumentou de forma significativa, devido à presença de Samora Machel em Cabo Delgado, onde apresentaria os planos de ofensivas a executar em Junho e Julho.
Até
1973/74, as atenções viravam-se para Cabora Bassa. Os últimos tempos de guerra caracterizaram-se pelo avanço da FRELIMO para Sul, registando acções na zona de Chimoio e agitação das populações de origem europeia. O general Kaúlza de Arriaga disponibilizava-se para continuar o comando, mas impunha condições que o Governo de Lisboa não aceitou. Terminada a sua comissão em Agosto de 1973, foi substituído pelo general Basto Machado. A situação continuaria a deteriorar-se até aos designados "acontecimentos da Beira", em Janeiro de 1974, quando as populações brancas de Vila Pery e da Beira se manifestaram contra a incapacidade das forças portuguesas de suster a situação, já esgotada de efectivos e sem possibilidade do reforço dos meios de combate
Todos estes movimentos receberam apoio político e material de vários países (uns dos Estados Unidos, outros da URSS, da China e de Cuba) que lhes forneciam armamentos e preparavam muito dos seus quadros.


8. Organização de Unidade Africana

Formalmente constituída em
Adis Abeba em Maio de 1963, a Organização de Unidade Africana (OUA) assentava sobre algumas das bases de cooperação africana estabelecidas pela Conferência de Lagos tanto a nível geral como regional, com a missão de reforçar a unidade e solidariedade dos estados africanos, defender a sua integridade territorial e autonomia, e eliminar, sob todas as formas, o colonialismo em África. Este último tornar-se-ia o principal objectivo da organização, intervenções perante o Conselho de Segurança da ONU, como no caso da reunião urgente deste Conselho para a avaliação da conduta portuguesa para com as colónias africanas.
A OUA estabeleceu um Comité de Ajuda aos Movimentos de Libertação, com sede em
Dar-es-Salam, onde integrava representantes da Etiópia, Argélia, Uganda, Egipto, Tanzânia, Zaire, Guiné-Conacri, Senegal e Nigéria. Esta ajuda distribuía-se pela criação de infra-estruturas, treino militar e na compra de armamento.
Relativamente à questão colonial portuguesa, a OUA desencadeou acções no sentido do reconhecimento do
Governo Revolucionário de Angola no Exílio (GRAE), formado pela FNLA e Holden Roberto, em 1964. Este apoio foi, contudo, transferido para o movimento MPLA de Agostinho Neto, a partir de 1967, em detrimento do primeiro, para, em Novembro de 1972, novamente serem reconhecidos ambos os movimentos, tendo em vista a sua união. A legitimação da UNITA como organização anticolonialista pela OUA só se viria a verificar nas vésperas do Acordo de Alvor (1974). Em 1964, a OUA reconheceu o PAIGC como o legítimo representante da Guiné-Bissau e Cabo Verde, bem como a Frelimo para Moçambique, em 1965.

9. Fim da Guerra


O
25 de Abril de 1974, planeado e executado por militares dos três ramos das Forças Armadas Portuguesas, uma nova geração de oficiais de baixa e média patente, formada e criada na guerra, que aprendera a agir com autonomia, levantaria, sob a direcção do MFA, um período revolucionário que transformaria radicalmente o Estado e a sociedade. Embora inúmeros factores tenham contribuído para a revolução, a Guerra Colonial foi, desde sempre, apontada como a principal justificação para a queda irrevogável do Estado Novo em Portugal.
O Programa do MFA, da responsabilidade da sua Comissão Coordenadora apresentava, de forma inequívoca, a vontade de possibilitar a independência das colónias. Porém, a remoção desta alínea, negociada durante a noite de 25 para 26 de Abril, levantaria ainda alguns equívocos a respeito, que só seriam esclarecidos pela Lei 7/74 de
27 de Julho. Esta medida levantaria grande parte da cortina que separava o Estado Português de conseguir negociações com os movimentos de libertação. Dava-se assim início ao processo de descolonização.
Porém, a ambiguidade das primeiras posições relativas à nova política colonial gerou situações duvidosas que não puderam ser ultrapassadas sem graves desentendimentos. Cada redefinição do processo representava uma dura luta entre
António de Spínola e a Comissão Coordenadora do Programa do MFA. Os dois projectos apresentados para essa nova política diferiam, sobretudo, nas questões ligadas com as futuras relações de Portugal com as colónias; mesmo os pontos concordantes seriam rapidamente submetidos perante a prova prática da realidade, o que exigiu, na maioria das vezes, a sua revisão. Assim, com o esclarecimento pela Lei 7/74, e posterior comunicado conjunto Portugal-ONU, publicado a 4 de Agosto, eram levantadas as últimas dúvidas, dando início à fase definitiva da descolonização.
Iniciaram-se as negociações com o
PAIGC e com a Frelimo, que levaram à assinatura de protocolos de acordo. Em Argel, a 26 de Agosto ficava concluído o processo entre Portugal e o PAIGC, em que a ex-colónia era reconhecida como estado soberano, sob o nome de «República da Guiné - Bissau». O último contingente militar regressou da Guiné em15 de Outubro.
Relativamente a
Moçambique, seria assinado a 7 de Setembro, em Lusaka, um acordo conducente à independência moçambicana. Contudo, grupos organizados, num movimento contrário ao acordo, assaltaram as instalações da Rádio Clube de Moçambique, em Lourenço Marques e outras cidades, e seus emissores regionais, sugerindo a intervenção da África do Sul. Esta tentativa destabilizadora do processo de paz viria a fracassar, sob a acção das Forças Armadas Portuguesas.
Relativamente a
São Tomé e Príncipe e Guiné Portuguesa, foi assinado o Acordo de Argel em 26 de Novembro de 1974.
Quanto a
Cabo Verde, o acordo entre Portugal e o PAIGC já estabelecia o princípio do acesso deste arquipélago à autodeterminação e independência. Em 17 de Dezembro seria publicado o Estatuto Constitucional de Cabo Verde, prevendo eleições por sufrágio directo e universal, a 30 de Junho de 1975. A assembleia instituída a partir daí proclamou a independência do território a 5 de Julho de 1975.
Quanto a Angola, a aproximação dos três movimentos de libertação constituía uma dificuldade para o governo português. Com efeito, pairava a possibilidade do alargamento de um confronto entre os países ocidentais, a África do Sul e a
União Soviética. Spínola reunir-se-ia ainda com Mobutu, com alguma continuidade, mas viria a demitir-se do cargo a 30 de Setembro. Com Costa Gomes na Presidência da República Portuguesa, desenvolveram-se conversações dirigidas especificamente a cada um dos movimentos. Inicialmente, com a FNLA, posteriormente com o MPLA. Porém, as várias tentativas de restabelecer a paz em Angola e minimizar o impacto da descolonização seriam deitadas por terra rapidamente. A guerra civil arruinou a serenidade deste processo, agravando a situação interna, com milhares de vítimas e a fuga dos portugueses.
Também em Timor – Leste se verificou um período dramático, já que as autoridades portuguesas não tinham como dispor de capacidade para normalizar os conflitos, acabando a
Indonésia por invadir a ilha.
Em suma, as condições oferecidas pelo novo regime para a descolonização, reconfigurou a situação no continente africano, com a criação de novos países independentes em busca dos seus próprios rumos e afirmação nacional, o que iria contribuir para o desmantelamento do
Apartheid na África do Sul.


10. Consequências

Custos financeiros



Evolução das despesas extraordinárias das Forças Armadas Portuguesas e do Estado.

Com a Guerra Colonial, a economia do país ficou desfeita e com muitas despesas, tanto na defesa nacional como nas províncias ultamarinas, e etc… Tal como podemos ver, olhando para o gráfico, Portugal teve de pagar-lhes muito, já que as despesas a partir de 1961 foram aumentando de modo alarmante por causa dos Conflitos Armados em África, que só acabaram em 1974, o ano da revolução.
A OFMEU, era a parcela mais importante das DE (despesas extraordinárias) e era uma rubrica denominada por Forças Militares Extraordinárias no Ultramar. Os seus gastos com as províncias ultramarinas, inscreviam-se no Orçamento.
Na
ex-Guiné Portuguesa, a parte dos que combateu pelo governo de Portugal contra o PAIGC, eram soldados ou milícias[1] naturais do próprio território. Após a independência, a grande maioria desses combatentes acabaram por ser esquecidos e abandonados à sua sorte por causa de não ter havido um acordo fiel, ou seja, uma boa definição do estatuto dos soldados e por causa dos novos governantes de Portugal, que se viam sem mãos a medir com tantos problemas ao mesmo tempo, e nunca mais se lembraram deles.
A principal consequência desses factos foi a sua perseguição e assassinato pelos seus antigos inimigos. Estima-se que tenham sido assassinados sumariamente milhares de ex-combatentes, havendo quem avance com números na ordem dos onze mil.


Mortos


Durante os 13 anos de Guerra, e segundo elementos íncluidos na Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974), registou-se um total de 8 290 mortos nas três frentes de combate.
O sub total mais elevado refere-se a Angola (3 258), embora a exiguidade do território leve a ter de se referir a Guiné, com 2 070.

Deficientes/Feridos de Guerra

Os deficientes, aqueles que sofreram graves e permanentes mutilações nos teatros de operações ou em acções de preparação para o combate, constituem a face mais visível da Guerra Colonial e, em certo sentido, aquela que a sociedade portuguesa mais dificuldades tem tido em encarar.
Desde o início, a guerra afectou toda a sociedade, com os primeiros mortos e feridos, a quem as estruturas militares assistentes e sanitárias, orientadas para tempo de paz, tiveram dificuldade em dar resposta.
Nas frentes de combate, por norma, os soldados não se viram privados de tracções de combate, armas, munições e fardamento. Cumpriam-se, embora muitas vezes com fracos meios, os calendários operacionais. Contudo, na retaguarda, iam aumentando os caixões daqueles cujas famílias tinham possibilidade de pagar a trasladação dos corpos (os outros foram nos primeiros anos enterrados nas zonas de combate) e os feridos, que se acumulavam nos hospitais militares – pequenos, incapazes e não adaptados para receberem os feridos em operações.
Assim se foi constituindo um exército de deficientes, que não parou de aumentar, formado por jovens que, na força da vida, se viram amputados, cegos, com doenças internas graves, doentes da mente, com futuro incerto.
Na época, em Portugal, os deficientes eram considerados «inválidos» e, não obstante ter sido criada posteriormente a pensão de invalidez, muitos deles sofreram duplamente a sua deficiência ao se tornarem, durante muito tempo, pesado fardo para as famílias.
Os hospitais militares foram para muitos um refúgio. Mas foram também o depósito onde os corpos amputados, os homens em cadeira de rodas ou os cegos tropeçando se mantiveram longe das vistas da sociedade, porque, oficialmente, Portugal não estava em guerra e a sua visibilidade poderia motivar interrogações incómodas para o regime sobre a realidade do que se passava nas frentes de combate.
Os longos anos de guerra, progressivamente mais violenta e provocando mais mortos e feridos, forjaram uma consciência colectiva entre os deficientes militares dentro dos hospitais.
Recordavam o que acontecera aos inválidos da I Guerra Mundial e ao seu Código de inválidos de 1929, o qual, embora lhes tenha dado um estatuto digno após revisões sucessivas, não evitou que ficassem na miséria e chegassem ao 25 de Abril com pensões degradadas, sem direito à assistência médica ou quaisquer regalias sociais.
Apesar do que de bom foi conseguido, os deficientes de guerra continuam hoje a sentir o olhar indiferente da sociedade. A ADFA está a legar ao país a reabilitação de muitos milhares de militares deficientes, que sem ela estariam condenados a viver em guetos. Ela constitui hoje, com os seus 13 500 associados, um grande contributo para a defesa da paz entre os povos, a salvaguarda dos interesses dos deficientes, das suas famílias e das daqueles que morreram na guerra.
De acordo com levantamentos estatísticos, não muito rigorosos, efectuados logo a seguir ao 25 de Abril pelos serviços da ADFA, conclui que terão sido evacuados das frentes de combate, durante os 13 anos de guerra, cerca de 25 000 militares afectados por deficiências motoras, sensoriais, orgânicas e mentais.
Em relação ao stress de guerra, a ADFA pensa que o número de ex-combatentes afectados por esta síndroma é bastante superior ao número apontado (560) no quadro dos acidentes/doenças ocorridos durante o serviço militar sem anexo de causalidade.
É também por causa disso que o 25 de Abril de 1974 se mostra como uma luz de esperança, ao ser instituída a Associação dos Deficientes das Forças Armadas (ADFA) que teve como primeiro acto a apresentação à Junta de Salvação Nacional de um conjunto de princípios reivindicativos, que possibilitavam a prestação de serviços de apoio aos associados, desde os processos burocráticos e administrativos, aos cuidados de saúde, reabilitação física e integração social.



O 10 de Junho



Desfile militar por ocasião do Dia de Portugal, na avenida marginal de Luanda.

O regime aproveitou a data quase esquecida do
10 de Junho, que era conhecido pelo “Dia da Raça”, entretanto desactualizada, para transformá-la num grande evento de apoio à política colonial, sob pretexto de homenagear os heróis que a suportavam na frente de combate. O dia 10 de Junho passaria, assim, a carregar consigo uma identificação próxima com a defesa do regime e das colónias, enquanto as Forças Armadas eram chamadas para a demonstração do poderio militar português.
A primeira das celebrações realizou-se em
1963, no Terreiro do Paço, em Lisboa, para condecorar combatentes. Segundo o Diário de Notícias, edição de 12 de Junho de 1973, «quatro mil homens descansavam as mãos nas armas de guerra. Em volta, uma multidão silenciosa. A memória dos combatentes do Ultramar impunha respeito».
As cerimónias de condecoração de militares no 10 de Junho celebravam-se também nas regiões militares metropolitanas, como o
Porto, Tomar, Évora, Funchal e Ponta Delgada, presididas pelos respectivos comandantes.
Com a
Revolução do 25 de Abril de 1974, o dia passar-se-ia a designar como Dia de Camões, Portugal e das Comunidades Portuguesas e a ser celebrado como um Feriado Nacional.



Conclusão


A guerra colonial é sinónimo de guerra do ultramar, corresponde ao período de tempo entre 1961 e 1974, e que se caracteriza por confrontos entre as forças armadas portuguesas e as forças de libertação das antigas províncias de Angola, Guiné-Bissau e Moçambique.
O que sustentava a iniciativa portuguesa era a defesa daquilo que eles consideravam território nacional e assentava essencialmente num princípio político. Quanto aos movimentos de libertação, que eles queriam era auto-determinação e independência, com um apoio internacional de apoio e incentivo à luta.
Esta guerra colonial, foi desde sempre apontada como principal motivo e justificação para a queda do regime em Portugal e que culminou com o 25 de Abril de 1974.
Portanto a revolução dos cravos, determinou o fim da guerra colonial e a mudança de orientação política do país, com consequente remodelação e novo rumo da intervenção das forças armadas.



Bibliografia


Livros:

- Livro de História

- História de Portugal



Sites:

- http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_Colonial_Portuguesa

- http://www1.ci.uc.pt/cd25a/wikka.php?wakka=guerracolonial

- http://www.slideshare.net/gom1992/a-guerra-colonial/





[1] Milícia - designação genérica das organizações militares ou paramilitares compostas por civis. As milícias podem ser organizações oficiais mantidas por um Estado ou podem ser organizações de carácter privado, muitas vezes de legalidade duvidosa. Podem ter objectivos públicos de defesa nacional ou de segurança interna, ou podem prosseguir a defesa de interesses particulares, como objectivos políticos.



Trabalho feito por Laura, Sara e Séfora

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

A energia

Introdução:

Neste trabalho nós vamos falar da Energia e do quanto ela representa para nós. Sim, porque a energia é muito importante, é por causa dela que nós nos movimentamos, comunicamos e muitas coisas mais...
Há diversos tipos de energia, mas nós só vamos falar de alguns, nomeadamente, dos mais importante, como a E. Eléctrica, Solar, Química, etc...
Ela divide-se em: Energia renovável e Energia Não Renovável, onde há vários recursos naturais, como o Carvão, o Petróleo e o Gás Natural, referidos aqui no texto.
































Energia em Portugal

- O Que é a Energia?


A história da humanidade confunde-se com a história da energia, uma vez que a primeira forma de energia utilizada pelo homem foi a do seu próprio corpo na luta pela sobrevivência num mundo onde somente os fortes sobreviviam.
A história da energia começa na pré-história quando os homens das cavernas descobriram as utilidades do fogo para a sua alimentação e protecção. Inicialmente, quando um raio incendiava a vegetação, o homem apanhava as madeiras em chamas e levava-as consigo, tentado prolongar o mais possível o período de tempo em que estas se mantinham acesas, já que ainda desconheciam a forma de fazer o fogo.
Com a descoberta do homem pré-histórico de como fazer fogo, com o atrito de pedras e madeiras, onde as fagulhas incendiavam a palha seca, começou então o domínio do homem sobre a produção de energia em seu benefício, como cozer os alimentos, aquecer as noites frias, iluminar e afastar os animais e outros grupos inimigos. Mais tarde ele usaria o fogo para fundir os minerais e forjar as armas e ferramentas de trabalho, assim como utilizar o fogo para dar resistência às peças cerâmicas que produziam.
Outra fase marcante na história da energia corresponde ao momento em que o homem passou a utilizar a energia dos animais que domesticava, para realizar os trabalhos mais pesados, como arar a terra e transportar cargas.
Na 2ª metade do século XIX inicia-se a utilização das novas fontes de energia – petróleo e electricidade – que seriam as responsáveis pelo grande salto no desenvolvimento da humanidade.
Actualmente, e em virtude das mudanças operadas, o homem alcançou feitos imensuráveis (como por ex. ultrapassar as fronteiras do espaço), e pode ambicionar alcançar muito mais.

A Energia é...

Um recurso imprescindível para que possa existir vida no nosso planeta.
Precisamos da energia para nos movermos, para comunicarmos, para assegurar a iluminação e o conforto térmico nas nossas casas, etc.
Qualquer acção que implique, por exemplo, movimento, uma variação de temperatura ou a transmissão de ondas, pressupõe a presença da energia. Pelo que, podemos defini-la como uma propriedade de todo o corpo ou sistema, graças à qual, a sua situação ou estado podem ser alterados ou, em alternativa, podem actuar sobre outros corpos ou sistemas desencadeando nestes últimos processos de transformação.

Cerca de 85% da energia consumida em Portugal é importada e de origem fóssil (petróleo, carvão e gás natural), com implicações ao nível estratégico e do desenvolvimento económico nacional e da competitividade das nossas empresas. A utilização de combustíveis fósseis provoca importantes impactes ambientais, nomeadamente as alterações climáticas, poluição do ar, água e solo e o esgotamento dos recursos naturais não renováveis e consequentemente, na qualidade de vida das populações.
Somos um dos países mais vulneráveis da Europa em termos da segurança do abastecimento energético. No entanto, Portugal dispõe de vastos recursos energéticos renováveis e das tecnologias de energias renováveis, que podem ser essenciais para suportar qualquer crise energética que venha a acontecer no futuro. Para isso será necessário a curto prazo ultrapassar algumas barreiras não técnicas, designadamente: a falta de investimento, o pouco conhecimento dos benefícios económicos e ambientais das energias renováveis por parte do grande público e a falta de informação credível sobre o mercado destas tecnologias energéticas.

Quais as principais fontes de energia utilizadas em Portugal?
Em Portugal, em 1992, as fontes de energia mais utilizadas eram o petróleo (74%) e o carvão (17%). Em 1998, a situação manteve-se aproximadamente constante (petróleo 71%, carvão 15%), surgindo no entanto uma nova fonte de energia, o gás natural, representado 3% do consumo total. Prevê-se para o ano de 2005, uma redução do consumo de petróleo (para cerca de 58%) e um aumento do consumo de gás natural (para cerca de 16%), igualando assim o consumo de carvão (também de 16%).

























Tipos de Energia

- Energia eléctrica:




A Energia eléctrica é uma forma de energia baseada na geração de diferenças de potencial eléctrico entre dois pontos, que permitem estabelecer uma corrente eléctrica entre ambos. Mediante a transformação adequada é possível obter energias finais de uso directo, em forma de luz, movimento ou calor, segundo os elementos de transformação que se empreguem.
A energia eléctrica apenas existe de maneira aproveitável na Natureza, sendo o exemplo mais habitual de sua presença natural as tempestades eléctricas. Ao mesmo tempo, pouco é de utilidade directa para o ser humano, salvo em aplicações muito particulares, como o uso de correntes em fisioterapia. Entretanto, é uma das principais energias devido fundamentalmente à facilidade para transportá-la, convertê-la em outras formas de energia e produzi-la também a partir de outras fontes de energia.
A geração de energia eléctrica é uma actividade humana básica já que está directamente relacionada com os requerimentos primários do homem. Todas as formas de utilização das fontes de energia, tanto as convencionais como as denominadas alternativas ou não convencionais, agridem em maior ou menor medida o nosso meio ambiente.
A matéria que constitui os corpos é constituída por partículas, denominadas átomos. Estes, por sua vez, são compostos por partículas ainda mais pequenas, os protões e os neutrões, que formam o núcleo e ainda os electrões, que circulam à volta daquele. Consoante a sua natureza, um átomo pode ganhar ou perder electrões para outros átomos. Este movimento implica a transferência de uma determinada quantidade de energia, a qual se designa por energia eléctrica. O fluxo de electrões propriamente dito é a corrente eléctrica. Quanto mais electrões se movimentarem no mesmo espaço, maior a intensidade da corrente. Alguns materiais transferem os electrões com maior facilidade do que outros (isto é, materiais condutores e não – condutores).













Quadro de Informação:






Residências, Comércio, Indústrias, Iluminação Pública, Trens de Carga, Trens de Metros
Energia Eléctrica
Usina Térmica
Constrói-se em pouco tempo.
Polui muito o ar com CO2. Contribui com o efeito estufa.
Usina Nuclear
Nenhuma.
Custo proibitivo, polui o solo e apresenta risco de contaminação ambiental por radiação nuclear.
Usina Hidráulica
Não polui o meio ambiente e baixíssimo custo de produção.
Demora para ser construída.
Energia Solar (células fotoeléctricas)
Não polui o meio ambiente.
Custo proibitivo, só funciona durante o dia.
Energia dos Ventos (eólica)
Não polui o meio ambiente.
Custo proibitivo, só funciona quando tem vento.
Energia das Marés (Usina Maremotriz)
Não polui o meio ambiente.
Baixa capacidade e só funciona onde há maré forte.
Queima do Bagaço de Cana e outras biomassas.
Baixo custo
Polui muito o ar com CO2. Contribui com o efeito estufa e não se sabe o que fazer com tanta cinza.
Lixo (gás metano)
Baixo custo
Baixo poder Calorífico, polui o meio ambiente, e aumenta o efeito estufa.

Meios de produção

A electricidade pode ser produzida em grandes quantidades a partir de diversas fontes.



- Energia eólica:



A bolina sobre o Barco à vela, oferece resistência lateral à acção do vento permitindo um avanço gradual contra o vento.
A energia eólica é a energia que provém do vento, ou seja, o ar em movimento.
O termo eólico vem do latim aeolicus, pertencente ou relativo a Éolo, deus dos ventos na mitologia grega e, portanto, pertencente ou relativo ao vento. A energia eólica tem sido aproveitada desde a antiguidade para mover os barcos impulsionados por velas ou para fazer funcionar a engrenagem de moinhos, ao mover as suas pás. Os moinhos foram usados para a fabricação de farinhas e ainda para a drenagem de canais, sobretudo nos Países Baixos.
Na actualidade utiliza-se, ainda, para mover aerogeradores - moinhos que, através de um gerador, produzem energia eléctrica. Precisam de agrupar-se em parques eólicos, concentrações de aerogeradores necessários. para que a produção de energia se torne rentável.
A energia eólica é hoje considerada uma das mais promissoras fontes naturais, principalmente porque é renovável, ou seja, não se esgota. Além disso, as turbinas eólicas podem ser utilizadas em conexão com redes eléctricas ou em lugares isolados.
Em 2005 a capacidade mundial de geração de energia eléctrica através da energia eólica era de aproximadamente 59 gigawatts, - o suficiente para abastecer as necessidades básicas de um país como o Brasil - embora isso represente menos de 1% do uso mundial de energia.



Um aerogerador é um dispositivo que aproveita a energia eólica e a converte em energia eléctrica.
Em alguns países, a energia eléctrica gerada a partir do vento representa significativa parcela da demanda. Na Dinamarca esta representa 23% da produção, 6% na Alemanha e cerca de 8% na Espanha. Globalmente, a geração através de energia eólica mais que quadruplicou entre 1999 e 2005.
Nos moinhos de ventos (tecnologia antiga) a energia eólica era transformada em energia mecânica, utilizada na moagem de grãos ou para bombear água. A energia eólica atual é produzida através de grandes turbinas colocadas em lugares altos de muito vento. Essas turbinas tem a forma de um cata-vento ou um moinho. Quando as hélices das turbinas são empurradas pelo vento, elas rodam. Esse movimento produz energia eléctrica que depois é armazenada em um gerador. Quando ligamos algo a tomada ou quando acendemos uma luz, essa energia armazenada chega até a nossa casa, escola, rua, etc. através de cabos e fios que transportam electricidade. A energia eólica é produzida em grande escala tanto em grandes usinas de vento (com vários aerogeradores), como em localidades remotas e distantes da rede de transmissão.
A energia eólica é renovável, limpa, amplamente distribuída globalmente, e se utilizada para substituir fontes de combustíveis - fósseis auxilia na redução do efeito – de - estufa.

Vantagens:

- O vento é grátis, se disponível.
- Boa fonte para suprir a demanda de bombeamento periódico de água nas fazendas, com já foi visto em vários países no inicio do século.

Desvantagens:
- Necessita 3x a quantidade de geração instalada para atingir à demanda
- Limitado a poucas áreas .
- O equipamento é caro de se manter
- Necessita de armazenamento de energia de alto custo (por exemplo baterias)
- Altamente dependente do clima - o vento pode danifica-lo durante fortes ventanias ou não girar durante dias, conforme a estação do ano.

- Energia Térmica:



Quando falamos em energia, uma das primeiras manifestações que nos ocorre é o calor, ou seja, a energia térmica. Esta manifesta-se sempre que existe uma diferença de temperatura entre dois corpos. Neste caso, a energia transmite-se sempre do corpo que tiver a temperatura mais alta para aquele ou aqueles que a têm mais baixa (por ex. quando acendemos o esquentador para aquecer a água do banho).


Quadro de informações:



TIPO DE USO
TIPO DE ENERGIA
COMO É OBTIDA
VANTAGENS
DESVANTAGENS
1
Fornos, Caldeiras e Água Quente.
Energia Térmica
Queima de derivados de Petróleo

Polui o ar com fuligem preta e CO2.
Queima de Carvão Mineral

Polui o ar com CO2 e produz muita fuligem preta e deixa muitas cinzas que vão poluir os rios.
Queima de Carvão Vegetal

Acaba com as florestas, polui o ar com CO2 e produz muita fuligem preta.
Queima de Lenha
É barato, basta pegar no mato.
Acaba com as florestas, polui o ar com fuligem preta e CO2.
Queima de Gás GLS

Polui o ar com com CO2 provoca efeito estufa.
Queima de Gás Natural

Polui o ar com com CO2 provoca efeito estufa.
Resistência Eléctrica e Bobinas de Indução
Não polui o meio ambiente.

Queima do Bagaço de Cana

Polui o ar com com CO2 provoca efeito estufa.
Aquecimento Solar (serpentinas)
Não polui o meio ambiente.
Caro, rendimento baixo e só funciona de dia e sem nuvens.









- Energia solar:



A energia solar é a designação dada a qualquer tipo de captação de energia luminosa (e, em certo sentido, da energia térmica) proveniente do Sol, e posterior transformação dessa energia captada em alguma forma utilizável pelo homem, seja directamente para aquecimento de água ou ainda como energia eléctrica ou mecânica.
No seu movimento de translação ao redor do Sol, a Terra recebe 1 410 W/m2 de energia, medição feita numa superfície normal (em ângulo recto) com o Sol. Disso, aproximadamente 19% é absorvido pela atmosfera e 35% é reflectido pelas nuvens. Ao passar pela atmosfera terrestre, a maior parte da energia solar está na forma de luz visível ou luz ultravioleta.
As plantas utilizam directamente essa energia no processo da fotossíntese. Nós usamos essa energia quando queimamos lenha ou combustíveis minerais. Existem técnicas experimentais para criar combustível a partir da absorção da luz solar numa reacção química de modo similar à fotossíntese vegetal - mas sem a presença destes organismos.


//
Tipos de energia solar



Os métodos de captura da energia solar classificam-se em directos ou indirectos:
Directo significa que há apenas uma transformação para fazer da energia solar um tipo de energia utilizável pelo homem.
Exemplos:
A energia solar atinge uma célula fotovoltaica, criando electricidade.
A energia solar atinge uma superfície escura e é transformada em calor, que aquecerá uma quantidade de água.
Também se classificam em passivos e activos:
- Os sistemas passivos são geralmente directos, apesar de envolverem (algumas vezes) fluxo em convecção, que é tecnicamente uma conversão de calor em energia mecânica.
- Os sistemas activos são sistemas que apelam ao auxílio de dispositivos eléctricos, mecânicos ou químicos para aumentar a efectividade da colecta.

Vantagens:

A energia solar não polui durante o seu uso. A poluição decorrente da fabricação dos equipamentos necessários para a construção dos painéis solares é totalmente controlável utilizando as formas de controles existentes actualmente.
As centrais necessitam de manutenção mínima.
Os painéis solares são a cada dia mais potentes ao mesmo tempo que o custo dos mesmo vem decaindo. Isto torna cada vez mais a energia solar uma solução economicamente viável.
A energia solar é excelente em lugares remotos ou de difícil acesso, pois sua instalação em pequena escala não obriga a enormes investimentos em linhas de transmissão.
Em países tropicais, como o Brasil, a utilização da energia solar é viável em praticamente todo o território, e, em locais longes dos centros de produção energética, e da sua utilização ajuda a diminuir a demanda energética nestes e consequentemente a perda de energia que ocorreria na transmissão.

Desvantagens:

Existe variação nas quantidades produzidas de acordo com a situação climatérica (chuvas, neve), além de que durante a noite não existe produção alguma, o que obriga a que existam meios de armazenamento da energia produzida durante o dia em locais onde os painéis solares não estejam ligados à rede de transmissão de energia.
Os locais com latitudes médias e altas (Ex: Finlândia, Islândia, Nova Zelândia e Sul da Argentina e Chile) sofrem quedas bruscas de produção durante os meses de Inverno devido à menor disponibilidade diária de energia solar. Locais com frequente cobertura de nuvens (Curitiba, Londres), tendem a ter variações diárias de produção de acordo com o grau de nebulosidade.
As formas de armazenamento da energia solar são pouco eficientes quando comparadas por exemplo aos combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás), a energia hidroeléctrica (água) e a biomassa (bagaço da cana) ou (bagaço da laranja)


- Energia Química:


As ligações moleculares comportam uma determinada quantidade de energia, variável com a natureza dos átomos envolvidos, a que se dá o nome de energia química. Os exemplos mais correntes da exploração deste tipo de energia são as pilhas e as baterias. No entanto, importa salientar que a energia química dá origem à vida e permite o desenvolvimento dos seres vivos. De facto, a contribuição dos alimentos que ingerimos para o crescimento das células e para os movimentos que fazemos passa por reacções químicas que libertam energia. A fotossíntese é outro exemplo, já que permite às plantas armazenar a energia absorvida da radiação solar em moléculas, como a glucose, que serão posteriormente utilizadas nos processos de respiração e crescimento.

Quadro de Informações:



Automóveis, Veículos Rodoviários e Motores Estacionários de Combustão Interna (Geradores).


Energia Química
Gasolina

Fonte Esgotável, polui o ar com CO2.
Óleo Diesel

Fonte Esgotável, polui o ar com CO2.
Álcool de Cana
Fonte Renovável, polui pouco o ar.
Ainda Polui o meio ambiente.
Álcool de Madeira
Fonte Renovável, polui pouco o ar.
Ainda Polui o meio ambiente.

- Energia Nuclear:


É a energia libertada durante a fusão ou fissão do núcleo atómico. A quantidade de energia que pode ser obtida através destes processos excede largamente aquela que pode ser obtida através de processos químicos que envolvem apenas as regiões externas dos núcleos, ou seja, envolvem apenas as ligações intermoleculares e não as intramoleculares.
Na fissão, um átomo de um elemento é dividido, produzindo dois átomos de menores dimensões de elementos diferentes. Enquanto que na fusão, dois átomos de pequenas dimensões combinam-se originando um átomo de maiores dimensões, constituindo um elemento diferente.
Em ambos os processos, a massa dos produtos (elementos finais) é inferior à massa dos elementos iniciais, sendo a diferença convertida em energia.
A fissão de 1 kg de urânio 235 liberta uma média de 2,5 neutrões por cada núcleo dividido. Por sua vez, estes neutrões vão rapidamente causar a fissão de mais átomos, que irão libertar mais neutrões e assim sucessivamente, iniciando uma auto-sustentada série de fissões nucleares, que se dá o nome de reacção em cadeia, que resulta na libertação contínua de energia.

Vantagens:

- O combustível é barato
- É a fonte mais concentrada de geração da energia
- O resíduo é mais o compacto de todas as fontes.
- Base científica extensiva para todo o ciclo
- Fácil de transportar como novo combustível.
- Nenhum efeito de estufa ou chuva ácida

Desvantagens:

- É a fonte de maior custo por causa dos sistemas de emergência, de contenção, de resíduo radioactivo e de armazenamento
- Requer uma solução a longo prazo para os resíduos armazenados em alto nível na maioria dos países
- Proliferação nuclear potencial










Energias Renováveis:


A energia renovável é obtida de fontes naturais variadas ao nosso redor e sempre disponíveis. Embora não seja uma tecnologia infalível, quanto mais ela for usada, melhor será o resultado em termos de redução das importações de petróleo, da poluição e das emissões de gases de efeito estufa e do aumento de empregos.
A energia renovável pode oferecer grandes oportunidades aos países em desenvolvimento e às áreas rurais. Por exemplo, ao propiciar a criação de novos postos de trabalho e novas fontes de renda para agricultores e pecuaristas, a fazenda Colorado Green Wind em Lamar, Colorado, elevou em 29% a arrecadação de impostos do condado, aumentou os recursos gerais para a educação em US$ 917 mil por ano e os recursos do centro médico do condado em US$ 189 mil.
É imenso o potencial da energia renovável. Ela contribui para garantir a segurança de abastecimento, um ambiente mais limpo, bons empregos e oportunidades de investimento. O sector rural dos EUA está pronto para receber a maioria dos benefícios do desenvolvimento da energia renovável.
Tal desenvolvimento também oferece aos moradores de zonas rurais de todo o mundo a oportunidade de ter acesso a formas modernas de energia. Usinas de energia eólica, solar, geotérmica, de biomassa e pequenas usinas hidroeléctricas podem gerar electricidade para empresas de serviços públicos e vilarejos rurais. A energia solar fotovoltaica e o aquecimento solar de água podem suprir de energia moderna as casas da região.

Perspectivas

A perspectiva para a energia renovável nos Estados Unidos e em todo o mundo é positiva e muito promissora. É um desafio para planejadores de políticas governamentais que são obrigados a confiar em projecções de modelos por computador possivelmente desactualizadas, pois os preços do petróleo aumentam muito depressa, com consequente aceleração da demanda por energia renovável. Por exemplo, embora as projecções oficiais emitidas pela Agência de Informações sobre Energia mostrem que a energia renovável contribuirá com apenas cerca de 10% do abastecimento energético dos EUA em 2030, vários grupos do sector são mais optimistas. A Coalizão pelo Futuro da Energia espera uma contribuição de 25% até 2025 e a Acore prevê o potencial de 20%, 30% e 40% até 2020, 2030 e 2040, respectivamente.
Para chegar a esse resultado, os preços da energia convencional devem continuar altos, os custos da energia renovável, por sua vez, continuar a diminuir e as políticas governamentais precisam ser estáveis e previsíveis para incentivar o compromisso de credores e investidores com o financiamento dos sistemas de energia renovável. Também precisa haver colaboração internacional para a transferência de tecnologias para os países em desenvolvimento.








Energias Não Renováveis


As fontes de energia não renováveis são aquelas que se encontram na natureza em quantidades limitadas e se extinguem com a sua utilização. Uma vez esgotadas, as reservas não podem ser regeneradas. Consideram-se fontes de energia não renováveis os combustíveis fósseis (carvão, petróleo bruto e gás natural) e o urânio, que é a matéria-prima necessária para obter a energia resultante dos processos de fissão ou fusão nuclear. Todas estas fontes de energia têm reservas finitas, uma vez que é necessário muito tempo para as repor, e a sua distribuição geográfica não é homogénea, ao contrário das fontes de energia renováveis, originadas graças ao fluxo contínuo de energia proveniente da natureza.
Geralmente, as fontes de energia não renováveis são denominadas fontes de energia convencionais, uma vez que o sistema energético actual assenta na utilização dos combustíveis fósseis. São também consideradas energias sujas, já que sua utilização é causa directa de importantes danos para o meio ambiente e para a sociedade: destruição de ecossistemas, danos em bosques e aquíferos, doenças, redução da produtividade agrícola, corrosão de edificações, monumentos e infra-estruturas, deterioração da camada de ozono ou chuva ácida. Sem esquecer os efeitos indirectos como os acidentes em sondagens petrolíferas e minas de carvão ou a contaminação por derramamentos químicos ou de combustível.
Actualmente, um dos problemas ambientais mais graves, resultante de um sistema energético que privilegia o uso de fontes de energia não renováveis é o denominado efeito de estufa. As instalações que utilizam combustíveis fósseis não produzem apenas energia, mas também grandes quantidades de vapor de água e de dióxido de carbono (CO2), gás que é um dos principais responsáveis pelo efeito de estufa do planeta. A par deste, são ainda emitidos para a atmosfera outros gases nocivos como os óxidos de azoto (NOx), de enxofre (SO2) e os hidrocarbonetos (HC).
O recurso à energia nuclear surgiu como uma solução possível face ao problema do efeito de estufa (não são emitidos gases poluentes para a atmosfera; contribui para a diversificação das fontes de energia, diminuindo a vulnerabilidade do país às oscilações de preço dos combustíveis fósseis; etc.) mas os riscos inerentes à produção de energia eléctrica recorrendo a esta fonte (perigo de explosão nuclear e de fugas radioactivas; produção de resíduos radioactivos; contaminação radioactiva; etc.), sem esquecer também o custo elevado de construção e manutenção das instalações, contribuem significativamente para que o uso desta fonte de energia continue a ser encarada, por muitos, como um dos riscos desaconselháveis.
Outro problema que resulta de um sistema energético baseado na utilização de combustíveis fósseis é a dependência económica dos países não produtores das matérias-primas. Em alternativa, as energias renováveis são geralmente consumidas no local onde são geradas, isto é, são fontes de energia autóctones. Desta forma, é possível diminuir a dependência dos fornecimentos externos e contribuir ainda para o equilíbrio interterritorial e para a criação de postos de trabalho em zonas mais deficitárias. Neste sentido, estima-se que as energias renováveis são responsáveis pela criação de cinco vezes mais postos de trabalho do que as convencionais, que geram muito reduzidas oportunidade de emprego, atendendo ao seu volume de negócio.

Recursos Naturais – Minerais Energéticos:

- Carvão


O carvão é uma rocha orgânica, com propriedades combustíveis, constituída por carbono. A exploração de jazidas de carvão é feita em mais de 50 países, o que demonstra a sua abundância. Esta situação contribui, em grande parte, para que este combustível seja também o mais barato.
Inicialmente, o carvão era utilizado em todos os processos industriais e, ao nível doméstico, em fornos, fogões, etc. Foi, inclusive o primeiro combustível fóssil a ser utilizado para a produção de energia eléctrica nas centrais térmicas. Refira-se que, em 1950, o carvão cobria 60% das necessidades energéticas mundiais, mas actualmente esta percentagem sofreu uma redução significativa. Nos dias de hoje, devido ao petróleo e seus derivados, deixou de ser utilizado na indústria, com excepção da metalúrgica, e do sector doméstico. Estima-se que, com o actual ritmo de consumo, as reservas disponíveis durem para os próximos 120 anos.
O principal problema da utilização do carvão prende-se com os poluentes resultantes da sua combustão. De facto, a sua queima, conduz à formação de cinzas, dióxido de carbono, dióxidos de enxofre e óxidos de azoto, em maiores quantidades do que os produzidos na combustão dos restantes combustíveis fósseis.

Vantagens:

- Barato
- Fácil de recuperar (nos EUA e na Rússia)

Desvantagens:

- Requer controles de alto custo de poluição do ar (por exemplo mercúrio, dióxido de enxôfre)
- Contribuinte significativo à chuva ácida e a aquecimento global
- Requer o sistema extensivo de transporte








- Petróleo:


O petróleo é um óleo mineral, de cor escura e cheiro forte, constituído basicamente por hidrocarbonetos. A refinação do petróleo bruto (ou crude) consiste na sua separação em diversos componentes e permite obter os mais variados combustíveis e matérias-primas.
As primeiras fracções da refinação (isto é, os primeiros produtos obtidos) são os gases butano e o propano, que são separados e comercializados individualmente. No entanto, podem também ser misturados com o etano constituindo, assim, os gases de petróleo liquefeitos (GPL).
Um dos principais objectivos das refinarias é obter a maior quantidade possível de gasolina. Esta é a fracção mais utilizada do petróleo e, também, a mais rentável, tanto para a indústria de refinação como para o Estado. Saliente-se que, todos os transportes, a nível mundial, dependem da gasolina, do jet fuel (usado pelos aviões) e do gasóleo. Por esta razão, as refinarias têm vindo a desenvolver, cada vez mais, os processos de transformação das fracções mais pesadas do petróleo bruto em gasolina e gasóleo.
Estima-se que, com o actual ritmo de consumo, as reservas planetárias de petróleo se esgotem nos próximos 30 ou 40 anos.
Trata-se de um combustível muito nocivo para o ambiente em todas as fases do consumo:
durante a extracção, devido à possibilidade de derrame no local da prospecção;
durante o transporte, o perigo advém da falta de fiabilidade dos meios envolvidos, bem como, da utilização de infra-estruturas obsoletas;
na refinação, o perigo de contaminação através dos resíduos das refinarias é uma realidade e no momento da combustão, devido à emissão para a atmosfera de gases com efeito de estufa.

Vantagens:

- Fácil obtenção
- Possibilidade d transformá-lo em diversos outros combustíveis para os mais diversos finsDesvantagens:

- Altas probabilidades de poluição ambiental












- Gás Natural:


O gás natural é um combustível fóssil com origem muito semelhante à do petróleo bruto, ou seja, formou-se durante milhões de anos a partir dos sedimentos de animais e plantas. Tal como o petróleo, encontra-se em jazidas subterrâneas, de onde é extraído. A principal diferença prende-se com a possibilidade de ser usado tal como é extraído na origem, sem necessidade de refinação.
Actualmente, Portugal recebe o gás natural proveniente da Argélia através de gasoduto. Junto às zonas de consumo, urbano e/ou industrial, o gás natural passa dos gasodutos para as redes de distribuição, que são instaladas, regra geral, por baixo dos passeios ou das bermas das estradas, e através das quais chega a casa dos consumidores.
Constituído por pequenas moléculas apenas com carbono e hidrogénio, o gás natural apresenta uma combustão mais limpa do que qualquer outro derivado do petróleo. Acresce também, que no que respeita à emissão de gases com efeito de estufa (dióxido de carbono, dióxido de enxofre e óxidos de azoto), a combustão do gás natural apenas origina dióxido de carbono e uma quantidade de óxidos de azoto muito inferior à que resulta da combustão da gasolina ou do fuelóleo.

Vantagens:

- Baixo custo
- Combustão sem poluição.

Desvantagens:

- Existência limitada
- Baixa energia,
- Raio de acção limitado
- Abastecimento para depósitos mais complicado.
- Perigo de explosão em caso de colisão, devido a grande compressão.















Conclusão:

Neste trabalho, nós aprendemos que a Energia serve para muitas coisas, e que sem ela, nós não poderíamos sequer pensar em existir.
Há vários tipos de energia, já referidos na introdução e no desenvolvimento.
Em anexo, pusemos um pequeno documento para preservar a natureza porque, se o Homem não se esforçar, nós poderemos não viver muito mais tempo, ou pelo menos, ter uma vida melhor e longe da poluição (o mais possível, claro!).








































Bibliografia:

http://www.energaia.pt/asia/portugal.php

http://pt.wikipedia.org/

http://www.ebanataw.com.br/roberto/energia/ener7.htm

http://www.comciencia.br/reportagens/nuclear/nuclear20.htm

http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/fisico_quimica/fisico_quimica_trabalhos/prodconsenergia.htm

http://www.geocities.com/wallstreet/2077/bolet-35.htm



































Anexos:

Preservar o ambiente: Um objectivo que depende de todos

O homem é o ser vivo que mais interfere com o meio que o rodeia, adaptando-o às suas necessidades, e assenta a sua economia na gestão dos recursos energéticos. O aproveitamento que o homem faz da energia comporta um impacto significativo no meio que o rodeia. A construção de um pequeno açude ou de uma grande represa; de um moinho de vento ou de um parque eólico; implica sempre uma transformação do meio e um significativo impacto ambiental.
O actual modelo energético, baseado na queima de combustíveis fósseis e na energia nuclear, é insustentável. Este sistema baseado nas energias não renováveis acarreta uma série de problemas de difícil resolução: a contaminação ambiental; a dependência do exterior por parte dos países não produtores de energias fósseis; o esgotar, num período relativamente curto, das reservas mundiais de petróleo, carvão e gás natural, ou ainda a produção de resíduos radioactivos e a possibilidade de acidentes nucleares.
A sociedade actual utiliza a energia como se não existissem limites. Neste sentido, um dos maiores problemas ambientais que o planeta enfrenta são as alterações climáticas. O primeiro passo dado pela comunidade internacional consistiu em assumir um compromisso de redução das emissões de gases com efeito de estufa através da rectificação do Protocolo de Quioto.
Mas apesar da sua importância, o cumprimento do Protocolo de Quioto não é obviamente a solução que porá fim a todos os problemas: refira-se que ¾ das emissões de CO2, enviadas para a atmosfera, são devidas à queima de combustíveis fósseis. Assim, uma alternativa ao modelo actual consiste em promover o uso das energias renováveis e, obviamente, pressupõe que se abandonem hábitos de consumo incorrectos, privilegiando a eficiência energética e a utilização racional da energia.
Os nossos hábitos diários, no que se refere ao consumo da energia, reflectem-se directa ou indirectamente no meio que nos rodeia (esgotar os recursos; incrementar a produção de resíduos, etc.). É importante que tenhamos consciência deste facto e que urgentemente adquiramos hábitos mais amigos do ambiente.